Sobre a Rede BLH

A Rede de Bancos de Leite Humano resulta da união de esforços da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) e do Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano (IberBLH), integrando ações desenvolvidas em Bancos de Leite Humano em países da América Latina, Caribe, Península Ibérica e África.

A proposta do prêmio nasceu porque a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) e o Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano (IberBLH) reconhecem as pesquisas desenvolvidas por profissionais da área, e querem incentivar estudantes universitários, ou graduados com até 10 anos de formação, a apresentarem trabalhos que poderão contribuir, com excelência, para o fortalecimento de suas ações. 

Histórico

A história da Rede de Bancos de Leite Humano começa em 1986, quando se percebe que o modelo anglo-saxão de banco de leite humano do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), criado em 1943, estava muito afastado da realidade brasileira e do que se esperava para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse modelo, voltado para a coleta e a distribuição de leite humano, concebia o leite como uma secreção, e não como um alimento funcional. Em outras palavras, o processo se limitava à doação, não englobava a promoção, a proteção e o apoio ao aleitamento materno visando a segurança alimentar e nutricional em neonatologia.

Assim foi criado um novo modelo, chamado de novo paradigma. Resultado: em 2001, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano como um dos projetos que mais havia contribuído, no mundo, para a redução da mortalidade infantil. Assim teve início um apelo internacional para que a iniciativa fosse aplicada em outros países.

Em 2005, no 4º Congresso Brasileiro de Bancos de Leito Humano, do qual participaram 12 países da América Latina, se discutiu como levar a Rede BLH do Brasil para toda a região. Neste evento também aconteceu o 1º Fórum Latino-americano de Bancos de Leite Humano, no qual foi produzido um documento, denominado Carta de Brasília, em que os países signatários assumiam o compromisso de contribuir para a construção da rede Latino-americana de Bancos de Leite Humano. Em decorrência dessa iniciativa, foi iniciada a implantação de bancos de leite humano em 18 países da América Latina e Caribe hispânico. Em 2007, então, foi formulado o Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano, aprovado no mesmo ano pela Cúpula dos Chefes de Governo e de Estado da Ibero-América.

A implantação de um banco de leite humano inclui a transferência de tecnologia dos processos de conservação e controle de qualidade, tecnologia, e a instalação do sistema de informação e gestão de bancos de leite humano. O sistema integra o serviço, o conhecimento científico e tecnológico, os indicadores, o monitoramento, a comunicação, a aplicação de recursos financeiros e o geoprocessamento. Em termos operacionais, a ação vem sendo viabilizada por mecanismos de cooperação técnica, em que a Fiocruz atua diretamente com o país cooperante, com apoio técnico e financeiro da Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério de Relações Exteriores do Brasil.